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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Anteprojeto de Arquitetura para Sede do CREA Maringá. Projetos, São Paulo, ano 03, n. 027.01, Vitruvius, maio 2003 <http://165.22.0.112/revistas/read/projetos/03.027/2211>.


A concepção do projeto para a sede do CREA Maringá desenvolveu-se em torno de uma determinada relação entre espaço e usuário. Buscou-se estabelecer uma relação na qual o espaço instigasse o usuário a apreendê-lo. O principal elemento empregado para alcançar este objetivo foi a permeabilidade visual do edifício.

A preocupação com a relação entre espaço e usuário inicia-se na escala urbana. O entorno apresenta uma paisagem homogênea, caracterizada principalmente pelo traçado planejado e pela arborização  do sistema viário da cidade de Maringá.  Para desenvolver uma transição adequada entre essa escala urbana e a escala arquitetônica criou-se um espaço vazio entre a rua e a construção, que permite ao usuário compreender o edifício à medida que se aproxima dele.

A partir do ponto de entrada do terreno o edifício configura-se como uma caixa sólida porém aberta em sua parte frontal, que corresponde ao Ambiente Administrativo, apoiada sobre planos verticais. A articulação entre estes planos, alguns transparentes e outros opacos, confere leveza ao volume da caixa, oferece ao usuário variados níveis de permeabilidade visual, e configura os espaços necessários.

No pavimento térreo encontram-se dispostos transversalmente os ambientes do Auditório, Sala de Exposição e Atendimento. Enquanto no foyer do Auditório e no Atendimento planos verticais opacos transversais delimitam o espaço, na Sala de Exposição, exatamente no eixo de entrada do edifício, a visão não encontra barreiras.

Através dessa variação de transparência, que ocorre em diferentes direções,  o edifício estabelece relações dinâmicas com seu usuário, organizando o espaço de maneira instigante.

Solução estrutural

Estruturalmente, o edifício também organiza-se em blocos. O Ambiente Administrativo possui estrutura de concreto independente do piso inferior. A solução adotada utiliza-se dos balanços nas vigas e busca relações favoráveis entre balanços e vãos que resultam em valores mínimos de momentos na viga. Essas relações são econômicas, por apresentarem momentos negativos iguais aos positivos, portanto mínimos. A laje de piso utiliza estrutura nervurada que permite um melhor aproveitamento espacial, garantindo uma melhor relação entre os pés direitos e a edificação.

O pavimento inferior possui uma estrutura convencional de concreto, sendo que em alguns pontos as vigas foram invertidas para garantir a continuidade visual do espaço.

No auditório, Devido aos vãos livres de maior extensão e necessidade de visibilidade, adotou-se uma solução em estrutura metálica composta de vigas vagão cruzadas nos dois sentidos e apoiadas na estrutura de concreto.

Materias empregados

Além das estruturas em concreto, os materiais empregados foram as vedações em alvenaria de tijolos, que em alguns casos são duplas, com revestimento em argamassa comum branca e outros com revestimento em arenito.

A escolha do arenito como revestimento foi uma opção estética por um material que se destacasse por sua textura e coloração, e ao mesmo tempo protegesse as paredes externas das intempéries e dos efeitos provocados pela poeira.

As aberturas foram pensadas em esquadrias de alumínio com vidro comum no pavimento superior e vidro temperado no pavimento inferior nos espaços onde se buscava uma transparência maior.

Instalações

Os pés direitos permitem a passagem de instalações embutidas no forro ou no piso do edifício.

O reservatório de água localiza-se no eixo da estrutura de concreto, acima do pavimento superior.  As prumadas hidráulicas distribuem-se a partir do reservatório para instalações sanitárias mais utilizadas nos pavimentos inferiores.

O escoamento das águas pluviais é feito por calhas de 50 cm. Na cobertura do pavimento superior as calhas conduzem a água para tubos de queda embutidos nos pilares. Na cobertura do pavimento inferior as calhas se prolongam para fora da platibanda, escoando a água para caixas de drenagem no solo.

Paisagismo

A idéia de espacialidade existente no partido busca, na implantação, reservar espaços abertos entre a rua e o edifício. Este espaço existe como uma transição de onde se pode visualizar a construção e a transparência de seus espaços internos. Para isso o paisagismo será executado com vegetação arbustiva e rasteira utilizando espécies da região e exóticas adaptadas ao clima. A iluminação será direcionada ao nível do piso.

As grandes áreas de estacionamento foram tratadas com piso em blocos de concreto intertravados para possibilitar a permeabilidade do solo.

Eficiência energética

A eficiência energética foi levada em conta desde a concepção do projeto. O posicionamento do Auditório, um bloco fechado com as paredes laterais duplas, na lateral oeste do terreno proporciona o isolamento térmico do restante da construção no pavimento térreo. Outros elementos do projeto que contribuem para o conforto térmico são as marquises e o balanço do pavimento superior, que protegem as superfícies envidraçadas existentes na fachada frontal.

As aberturas do bloco do Ambiente Administrativo, mais exposto a insolação, foram orientados no sentido norte-sul, diminuindo a incidência de radiação solar e proporcionando uma iluminação adequada. Para proteção no sentido leste – oeste as paredes laterais foram projetadas com espessura dupla. As lajes de cobertura receberão camadas de impermeabilização e isolamento térmico.

Todas estas medidas visam minimizar as trocas de calor com o ambiente externo. Entretanto, caso seja necessário a utilização de equipamento de condicionamento de ar, poderia ser adotado o sistema “split – system” sobre a laje de cobertura.

Impacto ambiental

Atendendo às exigências do programa e da legislação municipal uma grande área do terreno foi reservada para estacionamento de veículos. Isto resultou em um impacto ambiental significativo em relação à cobertura vegetal existente. Mesmo assim procurou-se preservar as árvores principais (araucárias e outras existentes quando possível.

Acessibilidade

O projeto privilegiou a entrada de pedestres e criou dois acessos para veículos, possibilitando acesso independente para funcionários e para clientes, separando as áreas dos dois estacionamentos.

Conforme a exigência do CREA, a entrada de pedestres permite acesso diferenciado aos setores de eventos e administrativo.

Os estacionamentos, circulações, auditório e instalações sanitárias do pavimento térreo permitem acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência.  A possibilidade de acessibilidade ao pavimento superior, se necessária, seria garantida com a instalação de elevador hidráulico. Esta solução é mais viável economicamente do que a construção de um sistema de rampas.

Estimativa de custos

Diversas medidas foram adotadas para tornar a construção mais econômica. A racionalidade do sistema estrutural resulta em economia de material. A preocupação com detalhes construtivos que minimizem as trocas de calor diminuem os gastos com condicionamento de ar. Dessa maneira os custos não excederão o limite estipulado pelo regulamento do concurso (R$ 600,00 / m2). A área construída, incluído o estacionamento coberto é de 1275,54m2  correspondendo a um custo de R$ 765.324,00.

source
Equipe de trabalho
Maringá PR Brasil

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027.01 Concurso
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original: português

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CREA -PR
Maringá PR Brasil

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