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PORTAL VITRUVIUS. Museu da Tolerância na USP - São Paulo. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 060.01, Vitruvius, dez. 2005 <http://165.22.0.112/revistas/read/projetos/05.060/2567>.


Introdução

Os membros do Júri, tendo previamente tomado conhecimento dos Termos de Referência e do Edital de Concurso, assim como das respostas dadas pelo Consultor às questões levantadas pelos inscritos, iniciaram seu trabalho elaborando em conjunto alguns critérios a serem seguidos na análise dos 174 projetos.

Considerou-se que, além do conteúdo programático, os projetos seriam analisados observando-se o grau de atendimento das seguintes categorias de usuários: (a) os visitantes e estudiosos interessados no conteúdo do Museu; (b) os que nele trabalharão diariamente; (c) os que o freqüentem como importante ponto de encontro da comunidade universitária; e (d) os que possam vir a visitá-lo como obra arquitetônica excepcional. A todas essas categorias o Museu proposto deveria poder acolher adequadamente.

Considerou-se, ainda, que a análise deveria contemplar a sustentabilidade dos projetos, sua viabilidade construtiva e financeira, sua adequação ambiental e os processos construtivos propostos.

Finalmente, consideraram os membros do Júri que o tema e conteúdo do Museu da Tolerância é de tal forma significativo, importante e inovador, que sua expressão arquitetônica não deverá constituir, como aquelas resultantes de projetos com programas comuns, no dizer de Lúcio Costa: “Como se fossem uma conversa cotidiana”, mas sim conforme a excepcionalidade deste caso, exigindo uma criação livre que seja um “grande gesto” arquitetônico, à altura de seu significado humano e civilizatório.

Processo de Julgamento

A Reunião do Júri para a Premiação do Concurso para a sede do Museu da Tolerância da Universidade de São Paulo foi realizada na cidade de São Paulo, capital, durante os dias 16, 17 e 18 de novembro de 2005.

Preliminares

O Concurso para a sede do Museu da Tolerância da Universidade de São Paulo teve 304 inscrições. Foram apresentados 174 projetos, 110 oriundos do Estado de São Paulo, inclusive a capital, e 64 dos demais Estados da Federação, ressaltando o caráter nacional do concurso.

O trabalho, designado pelo número 174 foi postado para envio ao Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento de São Paulo no dia 08 de Novembro de 2005, não atendendo o disposto no edital e no regulamento do presente concurso quanto a data máxima permitida para envio dos trabalhos, e portanto, estando inabilitado, não participou do certame.

Às 9h50 horas da manhã do dia 16 de novembro de 2005, o consultor do concurso Arquiteto Antonio Claudio Pinto da Fonseca recebeu a comunicação de que o arquiteto Luis Eduardo Índio da Costa encontrava-se hospitalizado na cidade do Rio de Janeiro, em face de emergência médica e estava impossibilitado de participar como membro do júri deste certame.

O consultor, seguindo as normas estabelecidas para realização de concursos pela União Internacional de Arquitetos e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, convocou o arquiteto Vasco de Mello, membro emérito do corpo de jurados do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo, para formar a Comissão Julgadora do presente Concurso, composta pelos arquitetos Arnaldo Antonio Martino, Marcos de Azevedo Acayaba, Jorge Wilheim, Antonio Carlos Campelo Costa e Vasco de Mello.

Do Julgamento

A comissão julgadora do concurso para a sede do Museu da Tolerância da Universidade de São Paulo, com a presença do arquiteto consultor do concurso, reuniu-se a partir das 10h00 do dia 16 de novembro de 2005, na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil – departamento de São Paulo, situado a Rua Bento Freitas no. 306 nesta capital. A comissão julgadora na abertura dos trabalhos elegeu como presidente o arquiteto Jorge Wilheim.

Após a leitura do regulamento do concurso, especialmente as questões relativas a critérios importantes para o julgamento dos trabalhos, como a valorização arquitetônica e construtiva do edifício do Museu da tolerância a ser edificado, a criatividade na proposição de tecnologias e técnicas construtivas que obtenham o máximo desempenho e o melhor custo benefício; ao mesmo tempo em que contenham propostas que gerem qualificação da mão de obra empregada na obra, visando o incremento das condições de conforto e segurança do trabalhador, a implantação e sua relação com o entorno, o melhor aproveitamento do terreno e a apresentação de soluções que privilegiem a futura manutenção do edifício; estabeleceu-se o método a ser utilizado para o processo seletivo.

A comissão julgadora decidiu que, de modo individual, todos os membros da comissão analisariam todos os trabalhos, anotando os trabalhos que deveriam ser, após discussão coletiva, prosseguir na fase seguinte.

Esta etapa, que se desenrolou ao longo do dia 16 de novembro, foi concluída, após ampla discussão dos trabalhos selecionados por cada um dos membros da comissão julgadora, que permitiu identificar os trabalhos que consensualmente prosseguiriam na etapa seguinte:

Nesta etapa foram selecionados 83 projetos, correspondentes aos números:

1, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 26, 28, 33, 34, 35, 36, 38, 40, 43, 44, 46, 47, 51, 56, 57, 62, 63, 64, 66, 67, 69, 70, 71, 73, 78, 82, 83, 86, 89, 90, 92, 94, 98, 99, 101, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 113, 114, 115, 116, 121, 123, 124, 125, 126, 128, 133, 135, 136, 138, 139, 141, 142, 144, 145, 146, 147, 148, 151, 152, 155, 157 162, 164, 165, 170.

A comissão julgadora reunida no dia 17 de novembro de 2005, iniciou nova rodada de análise dos 83 projetos selecionados na etapa anterior. Estes projetos foram analisados por cada um dos membros da comissão, e posteriormente, através de discussões em caráter coletivo se definiu quais os projetos que prosseguiriam na próxima etapa. Novamente, a comissão discutiu os critérios que norteariam esta etapa, em face das condições estabelecidas pelo edital e pelo regulamento do concurso.

Após amplas discussões, a comissão julgadora, por unanimidade de seus membros, apontou para os projetos que prosseguiriam para a próxima etapa do certame. Estes projetos em numero de 27, foram os seguintes:

1, 3, 26, 28, 35, 43, 51, 57, 62, 67, 69, 71, 86, 90, 99, 101, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 115, 121, 139, 144, 155.

A comissão julgadora reunida no dia 18 de novembro de 2005, iniciou nova fase de análise e seleção dos projetos selecionados na etapa anterior. Estes projetos, em número de 27, foram analisados minuciosamente por cada um dos membros da comissão julgadora. Os projetos avaliados nesta etapa foram discutidos coletivamente por todos os membros da comissão julgadora, de modo a indicar os projetos que prosseguiriam para a fase final do certame. Desta discussão coletiva, foram indicados para a fase final do certame 16 trabalhos correspondentes aos seguintes números:

1, 3, 26, 28, 43, 51, 62, 69, 71, 99, 106, 107, 109, 139, 144, 155.

Os projetos correspondentes aos números 62, 69,139 e 144 foram incluídos, desde então para eventualmente receber Destaque por suas características peculiares, merecedoras de registro.

A fase final do certame iniciou-se com a discussão pela comissão julgadora dos critérios e condicionantes que deveriam pautar a atribuição, das menções honrosas e principalmente dos prêmios deste Concurso Nacional para a Sede do Museu da Tolerância. A comissão julgadora iniciou seus trabalhos discutindo novamente as questões estabelecidas pelo edital, pelo regulamento e pelo termo de referencia do concurso, que estabelece como critérios básicos de julgamento: criatividade, objetividade, clareza, atendimento ao programa, exeqüibilidade, contribuição tecnológica e economicidade, entre outros de ordem técnica e cultural.

A Comissão Julgadora considerando que em face da expressiva participação de arquitetos de todo o país, da importância do prédio e da atualidade deste museu como programa, e do significado da proposta de arquitetura para um local tão relevante, configurado por uma das principais rótulas de acesso da Universidade de São Paulo, dever-se-ia buscar a unanimidade, que deveria considerar principalmente o grande valor simbólico que este edifício, pelas suas próprias características, obrigatoriamente deveria conter.

Criteriosamente os 16 projetos selecionados foram analisados de modo individual por cada um dos membros da comissão julgadora, estabelecendo-se em seguida, uma seqüência de discussões coletivas focadas em cada um dos projetos.

Após estas discussões, os membros do júri vistoriaram novamente a totalidade dos demais 157 projetos, na perspectiva de uma eventual repescagem e nova análise. Passou-se, a seguir, à classificação dos melhores projetos.

Como resultado deste processo a Comissão Julgadora deliberou por atribuir além dos 3 prêmios, 9 menções honrosas e 4 destaques.

Vale ressaltar que este resultado foi obtido por unanimidade dos membros da Comissão Julgadora.

Classificação

Foram considerados merecedores de Destaques os seguintes 4 projetos:

  • Projeto nº 62: pela simplicidade formal com que criou um amplo espaço coberto para o qual se voltam os andares superiores;
  • Projeto nº 69: pela habilidade de resolver plantas e circulação dentro de pressupostos formais originais e difíceis;
  • Projeto nº 139: pela bela apresentação e pela consistência em sua tese, criando uma Praça da Tolerância sob a qual desenvolveu em subsolos a totalidade do programa;
  • Projeto nº 144: pelo consistente esforço de bem resolver o método construtivo mediante o emprego de elementos pré-fabricados.

A seguir, foram considerados merecedores de Menções Honrosas, a serem amplamente difundidos por suas qualidades, os seguintes 9 projetos cujas características revelam equilíbrio de soluções, dignidade de seu aspecto, consistência no partido arquitetônico adotado, correta distribuição de funções, busca formal e estrutural, embora sem alcançar a singularidade formal desejável:

  • Projeto nº 01
  • Projeto nº 26
  • Projeto nº 28
  • Projeto nº 43
  • Projeto nº 51
  • Projeto nº 71
  • Projeto nº 106
  • Projeto nº 109
  • Projeto nº 155

Finalmente foram classificados os 3 projetos premiados:

  • em Terceiro lugar indica-se o projeto nº 107, que se expressa através de três volumes de forte presença, constituídos por placas de mármore translúcido, dentro dos quais desenvolveu-se parte do programa, buscando um divisão funcional, colocando os auditórios em subsolos.
  • em Segundo lugar indica-se o projeto nº 99, desenvolvido em dois blocos altos, mediante o uso tolerável de mezaninos, criando um belo e acolhedor adro interior que traz como pano de fundo a paisagem da mata do Butantã e resolvendo adequadamente a separação funcional dos elementos de programa.
  • em Primeiro lugar indica-se o projeto nº 03 o qual, melhor do que os demais, confere singularidade e beleza à expressão arquitetônica do Museu da Tolerância, destacando-se na paisagem e valorizando a excepcional localização do terreno. O projeto vencedor pretende ser, como cita em seu memorial, um “monumento à liberdade e à audácia” e sua originalidade não diminui a resolução adequada do programa e da circulação, criando espaços que, embora passíveis de aperfeiçoamento, são adequados a acolher os usuários mencionados como critérios.

Observações finais

O Júri recomenda que todos os projetos apresentados sejam entregues ao Museu da Tolerância para que este possa registrar e refletir sobre as diversas considerações que as equipes participantes teceram sobre os temas da tolerância, da diversidade, e da paz, vistos pelo olhar arquitetônico.

Finalmente, consideram os membros do Júri que os melhores projetos evidenciaram e procuraram contornar as dificuldades impostas pelas quantidades e dimensões estabelecidas no programa e pelas restrições normativas. Seria conveniente que, adquirida esta experiência coletiva, o Museu e a equipe do Arquiteto vencedor, quando da elaboração do Projeto Executivo, revissem o programa, eventualmente reduzindo a capacidade e/ou a quantidade de auditórios/cinema, melhorando a localização dos espaços destinados ao trabalho cotidiano, e ampliando os espaços que foram propostos como pontos de encontro.

Encerramento

Encerrados os trabalhos firmam a presente Ata da Comissão Julgadora do Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para o Museu da Tolerância.

São Paulo, 18 de novembro de 2005

Comissão julgadora

Arq. Arnaldo Antonio Martino (São Paulo)
Arq. Vasco de Mello (São Paulo)
Arq. Marcos de Azevedo Acayaba (São Paulo)
Arq. Jorge Wilheim (São Paulo)
Arq. Antonio Carlos Campelo Costa (Fortaleza – CE)

Consultor do Concurso
Arq. Antonio Cláudio Fonseca

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IAB-SP
São Paulo SP Brasil

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